As
Escrituras alertam que Satanás, como um leão, também é um predador que ataca
incansavelmente suas vítimas. O apóstolo Pedro, que
aprendeu por experiência própria o que é ser usado pelo Diabo, avisou: “Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso adversário,
anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8,
cf. Mt 16.23).
Vencer
Satanás requer vigilância diária, a cada momento. Uma vida de fé em Jesus
Cristo é uma vida de implacável conflito espiritual. Se você falhar em
equipar-se para ele, colherá as conseqüências. O alvo de Satanás é devastar a
humanidade; mas, ainda mais, aniquilar a vida dos cristãos.
Portanto,
os cristãos precisam aprender e usar três princípios essenciais para
posicionar-se contra o Maligno: todo cristão precisa:
(1)
manter uma posição firme no conflito,
(2)
empregar a proteção apropriada para o conflito, e
(3)
sempre manter uma perspectiva correta do conflito.
Uma
Posição Firme
As
Escrituras chamam Satanás de “o príncipe deste mundo” e “o deus deste século”
(Jo 12.31; 2 Co 4.4). Porém, o seu reino está sujeito à vontade de Deus (Jó
1.12). Com isso em mente, a primeira lição na luta é aprender tudo o que você
pode sobre seu inimigo: “Nem deis lugar ao Diabo...”; “...para que
Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”
(Ef 4.27, 2 Co 2.11).
Infelizmente,
muitos cristãos são ignorantes, principalmente na doutrina bíblica. Como os
leões, Satanás e seus demônios rondam procurando oportunidades de espalhar
idéias falsas. A maior defesa é estudar, conhecer e praticar a Palavra de Deus
diariamente. Jesus disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois
verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará” (Jo 8.31-32). Satanás é um mentiroso (Jo 8.44). O segredo é
avaliar todas as coisas pela Palavra de Deus.
Os
cristãos precisam ter a resolução e permanecer firmes contra Satanás. Primeiro,
ter certeza em seu coração de que o Senhor Jesus verdadeiramente é o seu
Salvador pessoal (Jo 3.16). Confesse todos os pecados conhecidos (1 Jo 1.9).
Deseje, com a ajuda de Deus, abandonar a prática habitual de todo pecado (Pv
28.13). E, finalmente, renda sua vida e tudo o que você tem a Deus: “Sujeitai-vos,
portanto, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
A Proteção Adequada
“Porque, embora andando na carne, não
militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e
sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas...” (2 Co 10.3-4).
Nós,precisamos usar armas
específicas contra Satanás. Apesar de diferentes, elas requerem prática e
habilidade para serem usadas competentemente:
“Porque,
embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da
nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir
fortalezas...” (2 Co 10.3-4).
Nossa armadura de guerra
encontra-se em Efésios 6.11-18. A imagem usada é a de um valente soldado
romano. Para prevalecer contra o Maligno, os cristãos precisam,
necessariamente, vestir “toda a armadura de Deus” (Ef 6.11):
Cinto
A primeira linha de defesa é a “verdade”
(Ef 6.14). O termo significa ter a mente livre de fingimento e
falsidade. Satanás depende de mentiras e engano. “Cingir-nos com a verdade” é a
proteção forte contra a hipocrisia.
Couraça
Um soldado
romano vestia uma couraça para proteger seu coração e seus órgãos vitais. Um
cristão precisa vestir a “couraça da justiça” (Ef 6.14b). Satanás
é um acusador, que aponta constantemente a falta de merecimento dos seguidores
de Cristo (Ap 12.10). Essa tática pode ser extremamente desencorajadora.
Porém, Cristo tratou das
acusações contra nós concedendo-nos Sua justiça: “Aquele que não
conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos
justiça de Deus” (2 Co 5.21). Assim, não há necessidade de desespero: “Pois,
se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração
e conhece todas as coisas” (1 Jo 3.20).
Permitindo que Deus nos torne “conformes
à imagem de Seu Filho” (Rm 8.29), Sua santidade é revelada em nossa
vida na forma de uma defesa forte e diária; e podemos nos revestir “do
novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”
(Ef 4.24).
Calçado
Sandálias robustas e com cravos
nas solas davam uma base confiável ao guerreiro. Em superfícies lisas, porém,
elas eram perigosas por falta de boa tração. Os seguidores de Cristo obtêm a
segurança de um fundamento confiável através do Evangelho da paz: Jesus Cristo
morreu por nossos pecados, foi sepultado, ressurgiu ao terceiro dia, e foi
visto por muitos (1 Co 15.3-6). O inimigo quer muito fazer você deslizar, com
programas e doutrinas falsas. Os crentes precisam tomar cuidado para não
escorregarem em suas emboscadas. A Boa Nova de Cristo é a única base sólida
para firmar-se.
Escudo
Um soldado da infantaria romana
nunca ia à batalha sem seu escudo. Geralmente ele era grande e retangular, com
uma leve curvatura nos lados para a proteção corporal.
As Escrituras nos contam que
Satanás atira constantemente “dardos inflamados” na forma de
muitas tentações. O propósito principal de embraçar “sempre o escudo da
fé” é apagar os seus dardos (Ef 6.16). Um escudo romano também servia
para encaixar-se com outros escudos, para criar uma eficiente “formação tartaruga” na
batalha. A junção de escudos da fé com outros crentes cria uma defesa formidável
contra os assaltos espirituais (Sl 37.40).
Capacete
O capacete também era bem
projetado. Ele tinha uma aba traseira para proteger a nuca de qualquer golpe.
As abas de cada lado protegiam a face, e a da frente protegia contra pancadas
direcionadas à cabeça ou à face. Obviamente, esse equipamento era vital.
O “capacete da
salvação” aponta para nossa “esperança de salvação” (1 Ts 5.8). A
palavra esperança significa “expectativa
alegre e segura da libertação eterna”. O Maligno procura golpear nossas
cabeças para plantar nelas sementes de dúvida e desespero. Entretanto, o
capacete dos crentes verdadeiros está firmemente posicionado. Primeiro, a fé na
obra consumada na cruz garante a salvação da pena do pecado (2 Tm 1.9).
Segundo, andando pela fé no Senhor, temos salvação do poder do pecado (Fp
2.12-13). E, finalmente, podemos aguardar nossa futura salvação da presença do
pecado : “Aguardando a bendita esperança e a
manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt
2.13).
Espada
“Porque a
palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb
4.12).
Na cintura de cada soldado
romano estava pendurada sua arma principal: o gladius. Esta
era uma espada relativamente curta, afiada nos dois gumes. Em mãos de
guerreiros treinados, ela era mortal. A espada dos crentes é a Bíblia. De fato,
foi apenas a Palavra que Jesus usou com eficiência contra o ataque de Satanás
no deserto (Mt 4.1-11).
Quando estudada e aplicada, a
Palavra de Deus é a defesa máxima contra os artifícios do Maligno. Falar a
Palavra com autoridade é a melhor ofensiva para arrasar a fortaleza de Satanás (Is 49.2).
Ataques Sorrateiros
Satanás
procura nos intimidar com o seu rosnar feroz. Precisamos ter a perspectiva de
Cristo no conflito.
Satanás é persistente e
silencioso. Ele não alerta os filhos de Deus a respeito da sua presença. Porém,
quando consegue enganar sua vítima, através do pecado, ele ruge com satisfação.
Portanto, um cristão que se protege adequadamente deve estar alerta em todo o
tempo “com toda
oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com
toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).
Satanás procura nos intimidar
com o seu rosnar feroz. Precisamos ter a perspectiva de Cristo no
conflito. Satanás não é igual a Deus. Como é
um ser criado, ele tem limitações (Ez 28.12-19). Ele é poderoso, mas não é
todo-poderoso (Ap 12.8; 20.2). Ele não pode estar em todos os lugares ao mesmo
tempo (não é onipresente). Em vez disso, ele governa sobre demônios
subordinados que andam pelo mundo, obedecendo às suas ordens (Mt 12.24; Ef
6.12). Ele também não tem a onisciência de Deus (1 Cr 28.9). Ele não sabe de
todas as coisas.
Conseqüentemente, embora o
Diabo seja um antagonista furioso, ele não deve nos aterrorizar. Ele não é
páreo para Cristo, que já providenciou nossa vitória através do poder do Seu
sangue derramado (Ap 12.11). Somente em Cristo há libertação do
poder de Satanás (At 26.18; Cl 1.13). Cristo, que
vive naqueles que verdadeiramente nasceram de novo, é maior que Satanás (1 Jo
4.4).
Um dia o Diabo será lançado na
escuridão eterna do Lago de Fogo, para nunca mais atormentar os fiéis (Ap
20.10).
Até aquele dia, não importa quantas dificuldades e provações passemos na vida, podemos estar seguros de que temos a armadura necessária para enfrentar o “leão” e para sermos mais que vencedores. Além do mais, nada pode nos separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 8.37-39)
(Peter Colón - Israel My
Glory -http://www.chamada.com.br)