Phil Smidt 31 de Outubro de 2011 - Família
No que se refere à compatibilidade, eu e minha
esposa somos muito diferentes.
Quando meu filho mais velho estava com três anos de
idade, fui passear de carro com ele pela cidade. Um semáforo levou-o a me
perguntar o que significava a luz amarela. "Filho", comecei a
responder com minha sábia voz paternal, "uma luz amarela significa que
precisamos ter cautela".
Sua mente inquisitiva queria testar essa teoria; por
isso, fez a mesma pergunta à minha esposa no dia seguinte.
"Filho", ela lhe informou, enquanto agitava suas mãos enfaticamente,
"uma luz amarela significa ANDE DEPRESSA!"
Minha esposa precisava ir a muitos lugares. Tinha
pressa. Mas eu gostava de andar devagar e desfrutar do cenário.
O que é compatibilidade?
O dicionário define compatibilidade como "a
capacidade de viver junto em harmonia". Nossa cultura valoriza muito a
compatibilidade no casamento, mas acredita-se que é preciso achar a pessoa
certa para se conseguir isso. Se você encontrar "aquela pessoa", haverá
harmonia. No entanto, a Bíblia ensina que casamentos harmoniosos não são algo
natural. Desde a Queda, relatada em Gênesis 3, o pecado nos tornou
incompatíveis, porque os relacionamentos se tornaram naturalmente prejudicados
e fraturados. Mas o evangelho nos dá esperança de vivermos em harmonia com os
outros, quando Jesus reconstrói os relacionamentos. Focalizamos as outras
pessoas em vez de focalizarmos a nós mesmos (Rm 15.5).
Compatibilidade bíblica
Então, o que a Bíblia diz especificamente sobre achar
um cônjuge compatível? Um cristão verdadeiro deve casar-se com outro cristão
verdadeiro (2 Co 6.14, 1 Co 7.39). Este é o ensino bíblico, porém significa
muito mais.
Em vez de procurar uma pessoa compatível, os
cristãos são instruídos a casarem-se com outro cristão e se tornarem cônjuges
compatíveis. A transformação exige a graça e o poder de Jesus – boas novas para
aqueles que procuram se casar ou já estão casados, pois Deus não deixa as
mudanças por conta de nossos próprios esforços.
Perguntas que os solteiros devem fazer quando
procuram um cônjuge biblicamente compatível:
1 - Como saber se ele ou ela se submete, de boa
vontade, à autoridade de Deus?
Moças, se o rapaz não se submete à autoridade de
Deus, ele é um homem perigoso. Rapazes, se a moça não se submete a uma
autoridade piedosa agora (a um homem que, a propósito, não é você), ela é o
tipo de mulher que Provérbios os adverte a evitar.
2 - Como saber se ele ou ela é submisso aos ensinos?
Se alguém gosta de discutir, está mais preocupado em
ter razão do que em ser justo. Quando você pensa que venceu a discussão no
casamento, na realidade perdeu. O casamento é amadurecimento manso, em que os
cônjuges reconhecem que têm muito a aprender pelo resto da vida.
3 – Ele ou ela é conhecido e envolvido na comunidade
cristã?
É fácil usar uma máscara quando nos sentimos
atraídos por alguém e motivados por casamento. Se a pessoa não é conhecida na
comunidade, você não a conhece. Outros precisam dar testemunho quanto ao seu
caráter, integridade e fé.
4 - Como ele ou ela fala dos outros?
Se a pessoa é crítica, exigente ou petulante em suas
atitudes e palavras, continuará assim no casamento. Logo, você se tornará o
alvo da ira e do orgulho dela.
5 - Como ele ou ela reage quando confrontado com o
pecado?
Quando alguém tenta esconder, disfarçar, acusar,
desculpar ou racionalizar seu pecado, ele tem uma visão distorcida do
evangelho. Por causa de Jesus, podemos confessar os pecados (1 João 1.0),
arrepender-nos (Rm 2.4), andar na luz (Ef 5.8-9) e reconciliar-nos com Deus (2
Co 5.17-21).
Perguntas para os casados que desejam se tornar
biblicamente mais compatíveis:
1 - O que você percebe, com frequência, que está
certo ou errado em seu casamento?
Se você é cristão, há muita coisa certa com você,
porque Jesus o salvou da ira de Deus e você lhe pertence. Você possui todos os
recursos em Cristo à sua disposição (2 Pe 1.3). Como filho redimido de Deus, o
perdão e a graça podem fluir livremente de seu coração, deixando que você seja
proveitoso às fraquezas do seu cônjuge. Você vive dessa maneira?
2 – Quando foi a última vez que você fez alguma
coisa intencional para o seu cônjuge?
A bondade e a consideração fortalecem o casamento.
Todavia, muitos casais acham que podem falar com aspereza, desdém ou falta de
perdão. "Para melhor ou para pior" não é permissão para pecar. Você
precisará de fé e humildade para reagir com graça quando estiver irado, magoado
ou for mal interpretado.
3 - Você crê que Deus sabia o que estava fazendo
quando o fez casar-se com seu cônjuge?
Quando o casamento está difícil, você pode ser
tentado a pensar que cometeu um engano e esquece que o casamento nos molda, com
frequência, de maneiras dolorosas. Volte no tempo e lembre o que aprecia e
admira no outro. É possível que essas qualidades ainda estejam presentes, mas
você permitiu que o pecado e o egoísmo entrassem sorrateiramente e obstruíssem
sua visão.
4 - É preciso que você se arrependa da insatisfação
e das queixas no seu casamento.
É preciso haver uma intervenção sobrenatural do
Espírito Santo para que sejamos gratos. Nossa tendência é comparar e queixar. A
gratidão é um estilo de vida ordenado pelas Escrituras (Cl 3.15-17), e não uma
simples sugestão para os feriados de verão. Pelo que você se sente grato? O que
você gosta no seu cônjuge?
5 - Você e seu cônjuge oram juntos? Vocês oram um
pelo outro?
É difícil ficar com o coração endurecido e
amargurado com uma pessoa por quem você ora frequentemente. Deus fará uma
grande obra no seu casamento enquanto você estiver orando. A oração mostra que
necessitamos de Deus e é um ato de adoração.
Traduzido por: Yolanda Mirdsa Krievin
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