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Família Gileade

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terça-feira, 11 de junho de 2013

O Grito da Solidão.






Amanhã, dia 12 de junho, pelo menos no Brasil é o “Dia dos
Namorados”.
Muitos vão se encontrar, festejar, comemorar. Mais um ano
em namoro, ou já casado. Para alguns será o primeiro Dia dos
Namorados juntos... Mas, para outros, será um dia não para comemorar,
mas, para lamentar, muitas vezes em silêncio, sem demonstrar, a
solidão que sentem por não terem “alguém” especial ao seu lado.


“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" 
Mateus 27.46.
Para os que tiveram de suportá-lo, o verão de 1980 em Miami não foi
nada agradável. O calor da Flórida escaldava a cidade durante o dia e
a assava à noite. Tumultos, saques e tensão racial ameaçavam romper
os nervos desgastados das pessoas. Tudo subia: o desemprego, a
inflação, o índice de criminalidade e especialmente o termômetro. Em
meio a tudo isso, um repórter do Miami Herald conseguiu uma história
que deixou toda a Costa do Ouro sem fôlego. Foi a história de Judith
Bucknell. Atraente, jovem, bem-sucedida e morta.

Judith Bucknell foi o crime número cento e seis nesse ano. Ela foi
assassinada numa noite quente, a nove de junho. Idade: 38 anos. Peso:
45 kg. Esfaqueada sete vezes. Estrangulada.

Ela mantinha um diário. Se não fizesse isso, talvez a sua memória
fosse sepultada com o seu corpo. Mas o diário existe; um epitáfio
penoso de uma vida solitária. O correspondente fez este comentário
sobre os seus escritos:

Em seu diário, Judy criou um personagem e uma voz. O personagem é ela
mesma, ansiosa, lutando, cansada; a voz é cheia de desejo. Judith
Bucknell não conseguiu se “conectar”; idade 38, muitos amantes, muito
amor oferecido, nenhum retribuído.

Suas dificuldades não eram incomuns. Ela se preocupava com
envelhecer, engordar, casar-se, ficar grávida e com a passagem do
tempo. Morava na elegante Coconut Grove (que é o lugar onde você mora
quando vive sozinha, mas procura aparentar felicidade).

Judy era o modelo perfeito do ser humano confuso. Metade de sua vida
não passava de fantasia, a outra metade de pesadelo. Bem-sucedida
como secretária, mas uma negação no amor. Seu diário estava repleto
de anotações assim:

Onde estão os homens com as flores, a champanhe e a música? Onde
estão os homens que telefonam e pedem um encontro verdadeiro? Onde
estão os homens que querem compartilhar mais que minha cama, minha
bebida, meu alimento... Eu queria ter em minha vida, uma vez antes
que passe pela vida, o tipo de relacionamento sexual que faz parte de
um contato de afeto.

Ela nunca teve.

Judy não era uma prostituta. Ela não era viciada, nem um caso do
departamento de bem-estar social. Jamais foi presa. Não era repudiada
pela sociedade. Era respeitável. Dava festas. Usava roupas de boa
qualidade e tinha um apartamento que olhava para a baía. E era muito
solitária. "Vejo as pessoas em grupo e fico com tanta inveja que
quase desmaio. E eu? E eu?" Embora rodeada de gente, se achava numa
ilha. Apesar de ter muitos conhecidos, possuía poucos amigos. Embora
tivesse muitos amantes (59 em cinqüenta e seis meses), tinha pouco
amor.

 “Quem vai amar Judy Bucknell?" o diário continua. "Sinto-me tão
velha. Mal amada. Indesejada. Abandonada. Usada. Quero chorar e
dormir para sempre.”

Uma mensagem clara transparecia de suas palavras doloridas. Embora
seu corpo morresse a nove de junho, ferido de faca, seu coração morrera
muito antes... de solidão.

 “Estou sozinha", escreveu ela, "e quero compartilhar alguma coisa com
alguém.”

Solidão.

É um grito. Um gemido, um lamento. E um suspiro cuja origem está nos
recessos de nossas almas.

Você pode ouvi-lo? A criança abandonada. Os divorciados. A casa
silenciosa. A caixa do correio vazia. Os dias longos, as noites mais
longas ainda. Esperar em vão por uma noite. Um aniversário esquecido.
Um telefone silencioso.

Gritos de solidão. Ouça de novo. Desligue o barulho do trânsito e da
TV. O grito ali está. Nossas cidades estão repletas de Judy
Bucknells. Você pode ouvir seus gritos. Pode ouvi-los nas
enfermarias, entre os suspiros e os pés se arrastando. Pode ouvi-los
nas prisões entre os gemidos de vergonha e os apelos por
misericórdia. Pode ouvi-los se andar pelas ruas bem tratadas, entre
as ambições fracassadas. Procure ouvir nos corredores de nossas
escolas, onde a pressão dos colegas separa os ricos dos pobres.

Este lamento em nota menor conhece todos os escalões da sociedade.
Desde cima até embaixo. Desde os fracassos até os que têm fama. Desde
os pobres até os ricos. Dos casados aos solteiros. Judy Bucknell não
estava só.

Muitos de vocês foram poupados deste grito cruel. É claro que tiveram
saudade de casa ou ficaram perturbados uma ou duas vezes. Mas,
desespero? Longe disso. Suicídio? De modo algum. Fique contente
porque ele não bateu à sua porta. Ore para que isso jamais aconteça.
Se não tiver travado ainda esta batalha, deve continuar lendo se
desejar, mas estou na verdade escrevendo para outra pessoa.

Estou escrevendo para aqueles que conhecem este grito de primeira
mão. Para aqueles de vocês cujos dias estão cheios de corações
partidos e noites compridas. Para aqueles que podem encontrar um
indivíduo solitário simplesmente olhando no espelho.

Para vocês, a solidão é um estilo de vida. As noites de insônia. O
leito solitário. A desconfiança. O medo do amanhã. A mágoa sem fim.

Quando começou? Na sua infância? Por ocasião do divórcio? Ao
aposentar-se? No cemitério? Quando os filhos saíram de casa?

Talvez você, como Judy Bucknell, enganou todo mundo. Ninguém sabe que
é solitário. Por fora a embalagem é perfeita. Seu sorriso é rápido.
Seu emprego é estável. Suas roupas são finas. Sua cintura é delgada.
Sua agenda está cheia. Seu andar é enérgico. Sua conversa
impressiona. Mas quando se olha no espelho, não engana ninguém.
Quando está sozinho, a duplicidade acaba e surge o sofrimento.

Ou talvez você tente esconder as coisas. Quem sabe foi sempre aquele
que olha de fora do círculo e todos sabem. A sua conversa é um pouco
desajeitada. Sua companhia poucas vezes solicitada. Suas roupas são
desgraciosas. Sua aparência comum. Ziggy é seu herói e Charlie Brown
seu mentor.

Estou atingindo o alvo? Se estou, se você concordou com a cabeça ou
suspirou de compreensão, tenho uma mensagem importante para você.

O grito mais doloroso de solidão na história não veio de um
prisioneiro, de uma viúva ou de um doente. Mas veio de uma colina, de
uma cruz, de um Messias.

 “Deus meu, Deus meu!" ele gritou, "Por que me desamparaste?" (Mat
27h46min)

Jamais as palavras contiveram tanta dor. Jamais alguém sentiu tanta
solidão.

A multidão se cala quando o sacerdote recebe o bode; o bode puro,
imaculado. Em sombria cerimônia ele coloca as mãos sobre o animal
jovem. Enquanto o povo assiste, o sacerdote faz a sua proclamação.
 “Os pecados do povo estejam sobre ti." O animal inocente recebe os
pecados dos israelitas. Toda a cobiça, adultério e engano são
transferidos dos pecadores para esse bode, esse bode expiatório.

Ele é levado então até as extremidades do deserto e ali libertado.
Banido. O pecado precisa ser purificado e o bode expiatório é assim
abandonado. "Corra, bode! Corra!”
O povo fica aliviado.
O Senhor foi apaziguado.
O portador do pecado está só. (Lev 16:22)

Agora, no Lugar da Caveira, o portador se acha de novo sozinho. Cada
mentira contada, cada objeto cobiçado, cada promessa quebrada pesa
sobre seus ombros. Ele foi feito pecado.

Deus se afasta. "Corra, bode! Corra!”

O desespero é mais escuro que o céu. Os dois que eram um são agora
dois. Jesus, que estivera com Deus na eternidade, se encontra só. O
Cristo, que era uma expressão de Deus, foi abandonado. A Trindade se
destroçou. A Divindade se dividiu. A união foi dissolvida.

Isso é mais do que Jesus pode suportar. Ele agüentou os açoites e
permaneceu firme frente aos falsos julgamentos. Ele observou em
silêncio a fuga dos entes queridos. Ele não revidou quando insultos
lhe foram atirados nem gritou quando os pregos penetraram em seus
pulsos.

Mas quando Deus voltou a cabeça, foi demais.

 “Deus meu!" O lamento saiu de lábios ressequidos. O coração santo se
partiu. O portador do pecado grita ao vagar pelo deserto eterno. Do
silêncio do céu se ouvem as palavras gritadas por todos os que andam
pelo deserto da solidão. "Por quê? Por que você me abandonou?”

Não posso compreender. Sinceramente não consigo. Por que Jesus fez
isso? Oh, eu sei, eu sei. Ouvi as respostas oficiais. "Para
satisfazer a velha lei." "Para cumprir a profecia." E essas respostas
estão certas. Mas há algo mais em tudo isso. Algo que fala de
compaixão. Algo ansioso. Algo pessoal.

O que será?

Posso estar errado, mas continuo pensando no diário.
"Sinto-me abandonada", escreveu ela. "Quem vai amar Judith Bucknell?"
 E fico pensando nos pais da criança morta.
Ou no amigo ao lado do leito de hospital.
Ou dos idosos no abrigo de velhos.
 Ou dos órfãos.
Ou na enfermaria de cancerosos.

Fico pensando em todos que olham em desespero para os céus sombrios e
clamam: "Por quê?"

E imagino a Ele. Imagino quando ficou à escuta. Penso em seus olhos
se embaciando e a mão ferida afastando uma lágrima.
 Embora
a pergunta possa congelar-se penosamente no ar, Ele que também ficou
certa vez sozinho, COMPREENDE.
Max Lucado.

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